Confira uma entrevista para o site JornalismoModerno sobre o livro “Carte Blanche”.

Carte Blanche Por set 05, 2012 1 Comentário

O blog JornalismoModerno publicou recentemente um ótimo Review do livro “Carte Blanche” escrito por Jeffery Deaver e lançado no último dia 30 de Junho no Brasil pela Editora Record, e também uma breve entrevista comigo falando sobre o novo livro.

Gaúcho de Redentora e residente de Santa Maria, o designer gráfico de 27 anjos, Marcos Kontze é o fundador e administrador do site www.JamesBondBrasil.com que recentemente completou um ano. O primeiro contato de Kontze com o espião de Ian Fleming se deu aos 12 anos quando jogou pela primeira vez o clássico game GoldenEye 007. Depois disso a paixão pelo personagem só foi crescendo. Na mesma época, talvez a mão do destino, a Revista Caras lançou quinzenalmente nas bancas uma nova coleção de filmes e fascículos, para surpresa do garoto de 12 anos era a Coleção James Bond.

Kontze é um dos administradores da Comunidade 007 Brasil, o primeiro e principal site sobre o personagem no país. Em 2006 se tornou o fornecedor oficial de informações sobre 007 – Cassino Royale e front-man da Sessão News 007 do site. O JornalisModerno bateu um papo com o gaúcho sobre o novo romance protagonizado pelo agente secreto mais famoso do mundo, “Carte Blanche”.

Confira a entrevista abaixo:

JornalisModerno – Você já leu os romances de Ian Fleming?

Marcos KontzeJá, porém fora da ordem cronológica.

JM – E romances de outros autores sobre o personagem, já os leu também?

MKJá. Todos do John Gardner, “A Essência Do Mal” de Sebastian Faulks, o atual “Carte Blanche” de Jeffery Deaver e 6 livros do Raymond Benson. Tenho os livros da série Jovem Bond de Charlie Higson, mas nunca os li, nem os três livros “The Moneypenny Diaries”.

JM – Você acha que “Carte Blanche” cumpre bem o papel de representar James Bond?

MKSem dúvidas. Assim como Ian Fleming, o autor consegue detalhar a rotina do personagem em toda a trama, em detalhes, desde o seu café da manhã até o almoço com seu chefe. Um dos pontos que destaco é a personagem May, empregada de Bond presente em livros do Fleming e Gardner. A excelente pesquisa do personagem feita pelo autor também é digna de respeito. Claramente Jeffery Deaver foi a fundo no personagem para escrever “Carte Blanche”.

JM – O livro apresenta um James Bond contemporâneo, você acha que essa repaginada separa o personagem da sua versão original, como se Jeffery Deaver estivesse criando algo seu?

MKNão vejo diferença entre o personagem original de Ian Fleming para o personagem retratado por Jeffery Deaver em “Carte Blanche”. Acredito que assim como a série cinematográfica, o personagem sofreu uma evolução natural. Mesmo escrevendo uma história contemporânea, com elementos do cotidiano atual, o autor consegue manter as raízes da escrita de Fleming.

JM – A trama e os personagens o cativaram?

MKBastante. Todos os personagens conhecidos da série estão presentes. Como diria o personagem Robinson no filme “007 – O Amanhã Nunca Morre” (Tomorrow Never Dies, 1997): “É diversão para toda a família”.

JM – O que você mais gostou no livro?

MK – Além da bizarra fixação do vilão do livro por corpos em decomposição, com detalhes patológicos muito bem descritos por Jeffery Deaver, e o primeiro capítulo digno de um filme estrelado por Daniel Craig, o principal atrativo do livro para mim e o que certamente mais me chamou a atenção, foi a idéia trazer o personagem para os dias atuais. Fazendo menções desde o iPhone até Harry Potter. Mesmo com essa temática modernista, o autor consegue manter os elementos clássicos do personagem.

JM – O que você menos gostou no livro?

MKPor mais detalhista que Ian Fleming foi em seus livros, nenhum deles possuía uma quantidade tão grande de siglas de agências governamentais, protocolos, etc. Mesmo com o extenso glossário, isso acabou me atrapalhando um pouco.

JM – O livro faz menção a vários orgãos de segurança e espionagem. Você acha que Deaver foi convincente nesse relato do mundo da espionagem?

MKMais um ponto positivo para o autor. A excelente pesquisa feita por ele para descrever as agências, dá um tom mais realista a trama, mesmo com todas as intermináveis siglas.

JM – Deaver não escreverá o próximo livro do espião, em seu lugar entra William Boyd. Você aprova a escolha ou gostaria que o americano ficasse para escrever mais uma aventura do seu James Bond moderno?

MKNunca li nenhum livro de William Boyd, portanto não conheço seu trabalho. Mas pelo que já foi dito em entrevistas, o próximo livro volta a ser ambientado na década de 60, o que particularmente não me agrada. O próprio Jeffery Deaver já demonstrou interesse em escrever outro livro do personagem, fato que teria meu total apoio. Só nos resta esperar.


“Carte Blanche” encontra-se à venda nas Livrarias Saraiva, Cultura e Livraria Da Travessa. █

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