Novo projeto de Nicolas Winding Refn poderia ser um filme de James Bond

No Time To Die, Últimas Notícias Por mar 01, 2017 Sem Comentários

Escrita por Neal Purvis e Robert Wade, os mesmos roteiristas de Bond, sinopse do novo thriller de espionagem do diretor dinamarquês Nicolas Winding Refn, “The Avenging Silence” traz referências claras ao livro You Only Live Twice, de Ian Fleming.

Antes de Sam Mendes assumir a direção de 007 Contra SPECTRE, diversos nomes foram cotados para o cargo, entre eles o de Nicolas Winding Refn, diretor de filmes como “Drive”, “Apenas Deus Perdoa” e “Demônio de Neon”.

Nicolas Winding Refn no set de "Drive" © 2011 - FilmDistrict

Nicolas Winding Refn no set de “Drive” © 2011 – FilmDistrict

Na época, o diretor revelou que não aceitou a tarefa, pois segundo ele, estar por trás do próprio filme faz com que ele seja capaz de fazer o que bem entender com a produção, “e isso supera qualquer quantia em dinheiro que possam oferecer”, afirmou. No entanto, em outra entrevista, Refn contou que teve “um encontro maravilhoso com os Broccolis e com Daniel Craig, e gostei muito deles. Adoro James Bond e sou um grande fã de Sean Connery”.

No entanto, após meses de negociações, a EON Productions finalmente conseguiu convencer Sam Mendes, que voltou para a direção do seu segundo filme de 007. Com isso, Winding Refn seguiu em frente com seus outros projetos, entre eles, “The Avenging Silence”.

Enquanto estava escrevendo o roteiro do novo filme, Nicolas Winding Refn postou no Twitter que, entre outros, Ian Fleming era um dos autores que serviam de inspiração para a trama do longa.

Recentemente, “The Avenging Silence” teve sua sinopse oficial divulgada, onde percebemos as claras evidências ao livro You Only Live Twice, de Ian Fleming, que no Brasil recebeu o título de A Morte No Japão.

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“O espião era um dos principais da Europa. Um ferimento que atingiu suas cordas vocais durante uma missão fracassada seis anos atrás o deixou mudo, forçando-o a abandonar sua profissão. Agora, seis anos mais tarde, ele é procurado e contratado para um serviço confidencial por um ex-Yakuza, agora empresário japonês aposentado em exílio na França, para procurar e matar o líder da família Yakuza mais traiçoeira do Japão. 

Com medo de voar, o espião embarca anonimamente em um navio cargueiro rumo a Tóquio, mas uma explosão a bordo afunda o navio e o espião é levado até a costa sul do Japão, em uma jangada. Sem poder se comunicar, o personagem deve viajar silenciosamente pelo Japão em busca de quatro pistas – simbolizando a conquista, a guerra, a fome e a morte – que o guiarão até o local desconhecido do chefe Yakuza. 

Enquanto isso, o chefe Yakuza, responsável por um massacre em massa de membros da Yakuza que se voltaram contra ele em 2004, está planejando retornar para o submundo japonês, após viver escondido nas montanhas, desprovido de qualquer tecnologia. O espião encontra-se em uma viagem existencial através do Japão em busca de peças para o quebra-cabeça que irá levá-lo a um confronto final com o chefe Yakuza em uma conclusão aterrorizante.”

Se você já teve a oportunidade de ler A Morte No Japão (You Only Live Twice) de Ian Fleming, verá que a sinopse do filme de Nicolas Winding Refn lembra bastante a história contada por Fleming.

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You Only Live Twice começa oito meses após o assassinato de Tracy Bond, a esposa de James, que ocorreu no final do livro On Her Majesty’s Secret Service. Bond está bebendo e jogando muito e cometendo muitos erros em suas atribuições quando, como último recurso, é enviado para o Japão em uma missão semi-diplomática. 

Uma vez lá, ele é desafiado pelo chefe do Serviço Secreto Japonês a matar o Dr. Guntram Shatterhand. James Bond acaba descobrindo que Shatterhand é, na realidade, Ernst Stavro Blofeld e sai em uma missão de vingança para matar ele e sua esposa, Irma Bunt. 

Dr. Guntram Shatterhand administra o polêmico Jardim da Morte, local isolado onde as pessoas se reúnem para cometer suicídio. Após Bond examinar as fotos de Shatterhand e sua mulher, ele descobre que ambos são na verdade os responsáveis pela morte de Tracy.

Bond aceita a missão, mantendo em segredo a descoberta das verdadeiras identidades de Blofeld e Irma Bunt para que ele possa se vingar da morte de sua esposa. Para esta missão, Bond assume o disfarce de Taro Todoroki, um trabalhador local mudo, a fim de se infiltrar no castelo de Dr. Shatterhand. 

O livro lida com as mudanças pessoais de Bond, de um homem deprimido e de luto, para um homem de ação movido por vingança, a uma vida pacata como pescador japonês sofrendo de amnésia.

Para muitos fãs, o final de 007 Contra SPECTRE poderia ter sido desenvolvido de outra forma, de modo que fosse possível Bond continuar sua busca ao Nº 1 da SPECTRE, talvez até mesmo com uma nova adaptação do que foi contato em A Morte No Japão. No entanto, como não foi isso que aconteceu, resta aguardar para ver qual a carta na manga que a EON Productions guarda para Bond 25, já que Nicolas Winding Refn foi mais rápido.

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